Guilherme Borba

Escritor
About Me
BRUSQUE-SC . Textos publicados semanalmente.

sábado, 23 de abril de 2016

Atualmente os povos indígenas mostram-se cada vez mais dispostos a lutar pela preservação da sua cultura, estamos acompanhando recentemente os protestos indígenas com o intuito de tomar posse de terras, oque lhes pertence, mas para compreendermos devemos saber mais sua cultura, por isso hoje lhes trago um pouco sobre a religião original, da tribo tupi-guarani. Vale a pena lembrar que o contato com o homem branco modificou muito a historia dessa tribo, pois podemos ver índios casando nas igrejas deixando para trás uma bonita parte de sua história.

  Vamos nos aprofundar em seus mitos e crenças, veja nas linhas abaixo o maravilhoso mundo dos tupi- guarani.
A figura central na criação do universo é Tupã (Nhanderuvuçú) deus supremo que habita as terras tupiniquins, com a ajuda da deusa lua Araci, Tupã desceu a Terra, em um lugar descrito como Aregúa, e deste local criou tudo sobre a face da terra, também as estrelas foram colocadas no céu nesse momento.
No princípio ele criou a alma, que na língua tupi-guarani diz-se "Anhang" ou "añã" a alma. Tupã criou duas almas e, das duas almas (+) e (-) surgiu "anhandeci" a matéria.

Tupã criou então a humanidade, formou estatuas de argila, e juntou vários elementos da natureza, depois soprou a vida nas formas humanas deixando-as com os espíritos do bem e do mal.
Tupã não tem forma humana, ele possui a forma antropomórfica, é a energia que nos rodeia, sempre existiu e sempre existirá, existia antes da criação do universo.
 Esse era o mito inicial da criação, cultivado pelos índios tupi-guarani, mas atualmente vemos o choque da cultura do homem branco, com o povo indígena, vemos índios usando computadores, roupas entre outros aparelhos, isso de certo modo, ajuda a divulgação. Desde os tempos remotos a cultura indígena vê se ameaçada pelo cristianismo, pois as colônias indígenas serviam para submeter a um trabalho desumano e um catecismo cruel imposto pela igreja e disposto a tirar pela carne o deus ‘’falso’’ indígena.
Vemos muito hoje em dia as atrocidades cometidas pelo homem branco contra os povos indígenas, em função da politica adotado por governos conservadores. Muitos povos indígenas foram extintos seja através do genocídio, ou da doentia tentativa de plantar a semente do cristianismo na cultura indígena. Por conta disso, vários índios se dispersaram pelas regiões do Brasil, grande parte deles serviu e ainda serve como mão de obra barata para fazendeiros, viveu e vive, portanto como escravos, dentro do próprio território que os pertence. É difícil compreender que os índios após tantos anos sem vivenciar suas práticas culturais, sem realizar seus rituais, festas sem ter uma organização social própria, eles conseguem serem descriminados. Para o homem branco fica o desafio de compreender e apoiar essa iniciativa de cultivar as culturas indígenas, pois, durante décadas, foi construído pela sociedade um conceito estereotipado de índio, determinado por características físicas, onde sua identidade era definida a partir do exterior. No começo do século 21, essas tribos começaram a se mobilizar, exigindo a demarcação de seu território, assim o governo brasileiro os reconheceram como povo distinto, e com a classificação desse povo, chegando até a 37 povos indígenas somente no nordeste,
Os povos ressurgidos têm conseguido recuperar suas identidades historicamente negadas a partir da reconstrução ou elaboração de novas utopias, gestadas pela fertilidade da memória da resistência. Compõem essas utopias valores culturais, religiosos, morais e políticos, que dão à etnicidade uma dimensão ritual, religiosa e política.
Um grande exemplo dessa vitória é o Parque Indígena do Xingu, criado em 1961 pelo então presidente brasileiro Jânio Quadros, tendo sido a primeira terra indígena homologada pelo governo federal. Seus principais idealizadores foram os irmãos Villas Bôas, mas quem redigiu o projeto foi o antropólogo e então funcionário do Serviço de Proteção ao Índio, Darcy Ribeiro.

Atualmente, vivem, na área do Xingu, aproximadamente, 5 500 índios de quatorze etnias diferentes pertencentes aos quatro grandes troncos linguísticos indígenas do Brasil, incluídos o povo abordado nesse trabalho o tupi-guarani.

0 comentários:

Postar um comentário